domingo, 28 de junho de 2009

Amor


Amor

Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
Quero em teus lábio beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!


Álvares de Azevedo

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Coração Orgulhoso


Stolzes Herz

Coração Orgulhoso


Para sentir a fim de conhecer
Minha razão - minha alma
Minha consciência - e meu coração no abismo de minha vida
No final do meu eu quebrado no meu âmago - e fraco para o mundo Isso é ruim?
E o que é bom?
Isso é doentio?
E o que significa viver?
Não Isso é apenas honesto - humano e amaldiçoado é apenas a verdade
Aos olhos da vulgaridade -de todo mundo simplesmente repreensível - transparente
Mas isso é profundo, mais forte e muito mais
Esse é o homem
Apenas procurando pela força
Pela mentira - desilusão cega e superficialidade
Com as mãos sujas de sangue
Com uma lágrima no rosto um sorriso nos lábios e com esperança no fundo dos olhos
Para escender mesmo da imundície
Profundamente maculado e com o coração orgulhoso
Acordando para viver mais uma vez e acordando totalmente novo para a vida
Estão minhas mãos cegas e surdas?
São meus olhos velhos e fracos?
Meu coração sucumbiu ao sangue?
e com tudo isso apenas honesto?Sou humano? - Sou a dor?
Sou a lágrima -e o beijo ao mesmo tempo?
Com as mãos sujas de sangue com uma lágrima no rosto e um sorriso nos lábios e com esperança o fundo dos olhos
Para sair da imundície
Profundamente maculado e com coração orgulhoso
acordando para viver mais uma vez
e acordando totalmente novo para a vida.


Letra - Stolzes Herz (Tradução) - Lacrimosa

quarta-feira, 24 de junho de 2009




Por que mentias?
Por que mentias leviana e bela?
Se minha face pálida sentias
Queimada pela febre, e minha vida
Tu vias desmaiar,
por que mentias?
Acordei da ilusão, a sós morrendo
Sinto na mocidade as agonias.
Por tua causa desespero e morro...
Leviana sem dó, por que mentias?
Sabe Deus se te amei!
Sabem as noites
Essa dor que alentei, que tu nutrias!
Sabe esse pobre coração que treme
Que a esperança perdeu por que mentias!
Vê minha palidez- a febre lenta
Esse fogo das pálpebras sombrias...
Pousa a mão no meu peito!
Eu morro! Eu morro!
Leviana sem dó, por que mentias?
Álvares de Azevedo